Autismo: conhecer para respeitar

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Na próxima semana acontece o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo (02/04), que tem como objetivo difundir informações, diminuindo o preconceito e a discriminação com as pessoas que vivem com o transtorno do espectro autista. Para colaborar com esta causa, separamos algumas das principais dúvidas sobre o Autismo. Confira abaixo:

O que é o autismo?

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição de saúde em que o desenvolvimento neurológico é considerado atípico, com desafios nas habilidades sociais, dificuldade na comunicação, comportamentos repetitivos, hiperfoco, podendo também apresentar uma restrição nos interesses e atividades.

Pessoas afetadas pelo transtorno do espectro autista podem, também, ter com mais frequência outras condições, como epilepsia, ansiedade crônica, depressão, hiperatividade e/ou déficit de atenção.

O diagnóstico é feito somente por especialistas, como neurologistas, psiquiatras e psicoterapeutas. A investigação e diagnóstico são feitos a partir da observação da criança, entrevistas com os pais e aplicação de testes e instrumentos específicos. É comum que o transtorno seja detectado ainda na infância, embora muitos adultos vivam no espectro autista sem saber.

Além das dificuldades já relatadas, como défices de comunicação e interação social, o autismo pode gerar manifestações agudas, como sintomas de aceitação e/ou agressividade excessiva, com agressões verbais ou físicas a si mesmo ou a outros. Estes episódios podem ocorrer por motivos diversos, desde irritabilidade causada pela sensibilidade extrema a sons, luzes ou toques, bem como pela dificuldade em comunicar fatores que incomodam ao indivíduo, como incômodos sensoriais ou dores. 

A origem do autismo ainda é desconhecida pela ciência, embora algumas evidências apontem para causas múltiplas, como fatores genéticos e ambientais. 

Atenção: vacinas não são fatores de risco para o desenvolvimento do TEA.

Existem 3 grupos de sintomas e graus de suporte necessários aos autistas:

Nível de suporte 1

O paciente tem domínio da linguagem, apresenta maior habilidade para interações interpessoais, mas conta com certa dificuldade em iniciar interações sociais ou apresenta menor interesse nelas. Também é comum que o indivíduo tenha reações inflexíveis em relação à mudanças. Muitos pacientes no nível de suporte 1 chegam à idade avançada sem jamais ter recebido o diagnóstico de autismo.

Nível de suporte 2

O paciente necessita de maior apoio, apresentando visível dificuldade na comunicação verbal e não verbal, além de prejuízo maior nas interações sociais. No nível 2 de suporte, os comportamentos são mais restritivos e repetitivos, com maior inflexibilidade em relação à mudanças. Nestes casos, é comum, também, a resistência em estabelecer contato visual, assim como um maior comprometimento da compreensão daquilo que lhe é dito.

Nível de suporte 3

No nível de suporte 3, o paciente é altamente dependente e apresenta uma ausência completa de contato social, quase não apresenta habilidades de comunicação, tendo falas incompreensíveis e de poucas palavras, assim como extrema dificuldade em lidar com mudanças.

Atenção: é importante compreender que cada grau de suporte pode trazer uma diversidade de comportamentos e sintomas diferentes, sendo necessária a avaliação de profissional especializado para o correto diagnóstico.

Síndrome de Asperger e autismo é a mesma coisa?

Sim. A partir de 2022, a síndrome de Asperger é um diagnóstico que entra em completo desuso. Ele era comumente associado a casos de autismo com grau de suporte 1, ou o chamado “autismo leve”. Com a implementação do CID (11), pacientes considerados “aspergers” agora se enquadram em “Transtorno do Espectro Autista SEM transtorno do desenvolvimento intelectual e com LEVE ou NENHUM prejuízo de linguagem funcional”.

Autismo tem cura?

Não. Para reduzir a discriminação, é muito importante saber que não há nada que a família do autista possa fazer (ou possa ter feito) para provocar o quadro ou curá-lo. O autismo é uma característica que acompanha o indivíduo por toda a sua vida, podendo ser mais ou menos evidente em algumas épocas. 

É importante ressaltar que, apesar de não ter cura, o autismo tem tratamento e exige acompanhamento. É comum que adultos autistas em grau 1 sem diagnóstico estejam mais sucetíveis a casos de depressão grave e ansiedade crônica causadas pela falta de amparo. Nestes casos, é comum que o autista se sinta diferente e acredite que não se encaixa na sociedade por suas dificuldades em manter relacionamentos sociais – amizades, relacionamentos amorosos ou trabalho.

Com as terapias adequadas, o indivíduo autista pode melhorar sua relação com o mundo, passando a entender melhor suas próprias necessidades e aprimorar suas habilidades sociais, diminuindo a sensação de pressão e stress.

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