Como tratar e prevenir a obesidade infantil

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A obesidade já é considerada uma epidemia no Brasil. Atualmente, pesquisas indicam a existência de 18 milhões de pessoas obesas no país e, se considerados todos que estão acima do peso, este número passa das 70 milhões de pessoas. A projeção é de que, até 2030, 30% da população do país será obesa.

Outro dado alarmante está relacionado às crianças: segundo o Sistema Único de Saúde (SUS), no ano de 2019, entre as crianças acompanhadas, quase 15% dos menores de 5 anos e 28% daqueles entre 5 e 9 anos apresentavam excesso de peso. Nos dois grupos, 7% e 13% apresentavam quadro de obesidade, respectivamente.

Este mesmo levantamento aponta que 5% das crianças com idade entre 5 a 10 anos já apresentavam o quadro de obesidade grave.

A preocupação com este crescimento passa longe da estética: a obesidade pode causar lesões graves em órgãos, inclusive levando à morte por meio de outras doenças, como a diabetes, os AVCs e infartos.

A obesidade infantil

Assim como em adultos, a obesidade infantil é definida a partir do IMC, sendo diagnosticada quando o resultado atinge 15% a mais do peso referência para a faixa etária/gênero. Esse diagnóstico é realizado pelo próprio pediatra ou por um endocrinologista.

Causas da obesidade infantil

Existem muitos mitos envolvendo a obesidade de maneira geral. Muitos atribuem o excesso de peso apenas a fatores genéticos, o que não é a realidade. Normalmente, a obesidade está relacionada ao comportamento e fatores ambientais, além da genética em si, sendo este último fator o menos importante para o controle de peso.

Normalmente uma vida sedentária e uma alimentação desregulada são as causas primárias do ganho excessivo de peso – e essa regra vale tanto para os pequeninos quanto para os adultos.

Nas crianças, isso passa a ganhar relevância quando jogos e brincadeiras físicas são substituídas pela televisão e videogame e quando a alimentação conta com a ingestão frequente de alimentos industrializados.

Ainda de acordo com o levantamento realizado pelo SUS, no dia anterior à coleta dos dados, 31% das crianças entre 6 a 23 meses haviam consumiram bebidas adoçadas, 48% havia consumido algum alimento ultra processado e 28% ingeriram biscoitos recheados, doces ou outros snacks entre as refeições. Estes alimentos, ricos em gordura, sódio, aditivos químicos, com alto teor calórico e baixo teor nutritivo, já são considerados inadequados aos adultos. Em dietas infantis, são extremamente prejudiciais.

A prevenção ou tratamento

Aqui fica um alerta importante: prevenir a obesidade é sempre mais fácil do que revertê-la, por isso, a prevenção à obesidade infantil deve começar já na gravidez. O processo de emagrecimento vai exigir muito mais disciplina e autocontrole da criança do que a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia como estilo de vida desde a primeira infância.

Para a criança que já está acima do peso, é muito importante que a família inteira mude seu estilo de vida para a adoção de hábitos mais saudáveis, estimulando e encorajando a criança a manter o foco no novo estilo de vida.

Abaixo, separamos algumas dicas práticas para o dia a dia:

1. Restrinja o acesso aos alimentos industrializados e processados, assim como frituras e refrigerantes;

2. Evite o consumo de alimentos com açúcar;

3. Diversifique o cardápio com legumes, verduras e frutas;

4. Sirva as porções calculadas especialmente para a criança (conte com a ajuda de um médico para este cálculo), evitando deixá-la à vontade para se servir;

5. Respeite a saciedade da criança, não obrigando-a a “limpar o prato”;

6. Defina limites para o uso de equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores e televisores, sempre estimulando a criança a optar por brincadeiras que exijam o movimento físico;

7. Não permita que a criança utilize equipamentos eletrônicos durante as refeições. A distração fará com que ela coma muito mais do que o necessário;

8. Restrinja o consumo de líquidos durante as refeições;

9. Evite dietas excessivamente rígidas, sobretudo durante compromissos sociais. A não ser em casos mais graves, como quadros de diabetes, em que os doces devem ser totalmente proibidos, a total restrição pode ser muito frustrante e desestimulante – como no caso de ser proibido de experimentar salgadinhos e docinhos em uma festa, enquanto vê todos os amiguinhos comendo as guloseimas, por exemplo. Por isso, converse bastante com a criança e estabeleça algumas regras para aqueles dias em que será necessário “escapar” da dieta;

Se você conhece algum responsável por uma criança que está acima do peso, compartilhe essas informações!

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