Já se sabe que a COVID-19 pode trazer sequelas duradouras, sobretudo àqueles que contraíram a forma mais grave da doença. Em humanos, as queixas mais comuns são relacionadas a problemas respiratórios e fadiga constante. No entanto, é possível que os efeitos a médio e longo prazo sejam ainda mais extensos.
Um estudo realizado pelo Tulane National Primate Research Center em março de 2022, nos Estados Unidos, mostrou que o vírus foi capaz de afetar, também, os testículos, pênis, próstata e vasos sanguíneos de macacos.
A pesquisa busca comprovar a relação entre a disfunção erétil relatada por pacientes curados da COVID-19 com a atuação do SARS-CoV-2 no organismo. Até então, acreditava-se que os problemas relatados estavam relacionados aos sintomas da doença – como a febre muito elevada.
Thomas Hope, autor da pesquisa, revelou que os exames realizados nos primatas indicam a disseminação completa do vírus em todo o trato genital masculino. A presença comprovada do vírus no sistema reprodutor pode, inclusive, prejudicar a fertilidade ao comprometer a produção de espermatozoides. Além disso, ao afetar os testículos, o vírus é capaz de lesar as células produtoras de testosterona, com o potencial de antecipar uma andropausa em homens ainda jovens.
Casos concretos
Algumas pesquisas já indicam que homens infectados pela COVID-19 têm entre três a seis vezes mais chances de desenvolver disfunção erétil, sendo que de 10% a 20% dos homens infectados pela doença já relatam sintomas do problema.
Cientistas da Universidade de Miami apontam que a infecção pelo SARS-CoV-2 pode ter relação direta com casos de disfunção erétil relatados recentemente, sendo que a presença do vírus foi confirmada no tecido cavernoso do pênis de pacientes – tecido responsável pela ereção.
Agora, a ciência busca mais respostas: o efeito do vírus no sistema reprodutor masculino será permanente ou apenas temporário? Algo que somente o tempo e os estudos poderão nos responder.
Tenho sintomas de disfunção erétil após a COVID. E agora?
Saiba que você não está sozinho. Como citamos aqui, é comum que homens relatem problemas relacionados ao desempenho sexual após contraírem a COVID.
O primeiro passo é buscar ajuda médica. Converse com seu urologista, ele é o profissional mais indicado para lhe ajudar. Ele pode solicitar exames e deve receitar medicamentos próprios para combater a disfunção erétil.
Remédios para disfunção erétil
Converse com o seu médico sobre a possibilidade de manipular o seu medicamento em filmes orodispersíveis. Além de serem extremamente discretos (são finos e semi-translúcidos, como uma pequena folha de papel manteiga), eles têm um efeito muito mais veloz, por serem aplicados diretamente na língua.
Se você ou o seu médico tiverem dúvidas sobre a manipulação dos remédios, entre em contato conosco clicando aqui e saiba mais.